7.13.2004

Só bobagem. Mas só bobagem. Só bobagem mesmo.

"Casas Bahia

Corre na internet a informação que o ator Fabiano Augusto, garoto-propaganda das Casas Bahia, teria sido demitido pelo anunciante, despois de sua "performance desinibida" na parada do orgulho gay em São Paulo. Na notícia que circula, a empresária do ator teria declarado que um ridetor de marketing chegou a falar pessoalmente com o responsável pelas filmagens dos comerciais da rede, afirmando que "não queria ver a imagem das Casas Bahia atrelada a este tipo de comportamento". Ainda segundo a nota na Internet, o grupo "Cidadania Gay" pretende processar as Casas Bahia se for comprovada a demissão por discriminação da preferência sexual de Fabiano."

Jornal "O Mensageiro", de 9 a 22 de julho de 2004 (sim, o jornal é quinzenal...), Portão/RS.

Estou eu cá no Rio Grande do Sul, com um frio bastante razoável (fez 2 graus no dia que eu cheguei!!) lendo o jornal citado e vejo uma bobagem dessas. Sim, bobagem em todos os sentidos. O que tem a ver o desempenho do cara na parada gay e o trabalho do coitado? Sim, coitado, pq não é fácil agüentar ser chamado de mala por todo canto (realmente, ele É mala naquela propaganda). Então quer dizer que quando assumimos um trabalho temos que deixar de ser o que somos, penar nesse trabalho o dia todo e pensar 200 vezes antes de cada atitude, para ver se ela está de acordo com a imagem da empresa para a qual trabalhamos? Então um lixeiro não pode deixar cair um papel de bala, sem querer, pq aí a empresa dos catadores de lixo poderá puní-lo por não querer estar "atrelada a esse tipo de comportamento"? É uma discriminação do caramba, uma judiação com o cara, que não pode nem ser ter sua opção sexual. Ou melhor, que não pode nem se divertir numa festa. Tudo bem que o cara teve ganhar uma nota altíssima como garoto-propaganda das Casas Bahia, mas não é motivo, né? Estamos em 2004, as pessoas estão conseguindo ganhar seu espaço sendo o que são, gostando do que gostam e é assim a tendência do mundo em que vivemos. Não é possível aturar esse tipo de comportamento, essa discriminação ridícula. Não gosto de classificações. Não gosto de ter que ser o que eu não sou. Não gosto de ter que agir de determinada maneira, quando essa é a que eu não quero. Tem algumas regras a que temos que nos submeter, sim. A vida tem regras e temos que respeitá-las, desde que elas não sejam autoritárias e vão além das liberdades individuais. Vamos deixar o mala das Casas Bahia ser feliz. Eu tb quero ser feliz.

E tenho dito.

P.S.: Apesar de eu achar extremamente mala a atuação do Fabiano Augusto nos comerciais das Casas Bahia (incansáveis, não tem um comercial em que não apareça essa propaganda), gosto muito dele. Me lembro de quando ele era um dos apresentadores do programa Turma da Cultura, que infelizmente foi extinto, como todo bom programa da TV Cultura, por falta de patrocínio e, vergonhosamente, por falta de audiência. Patético. Uma bobagem. Mas só bobagem. Muita bobagem.

1 Comentários:

Às 10:12 AM, Anonymous Anônimo disse...

Oi becky!
Que bom que vc fez renascer seu blog! Suas opiniões fizeram falta! =)

Nossa que mancada com o chato das casas bahia! gente! estou passada. sério mesmo... tremenda palhaçada. =P
é mesmo terrível que as pessoas tenham que abdicar das suas individualidades pra conseguir sobreviver nesse mundo. deprimente.

ainda bem que temos a rebeca aqui pra protestar! hahaha...

beijos
May

 

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