1.30.2006

Key

A Erika Palomino lançou na SPFW a primeira edição daquele que é o coração do seu novo projeto House of Palomino, a revista Key. Quando a entrevistei, faltava um tempo para o lançamento (se não me engano, meu bate-papo com ela rolou no começo de dezembro).
Não sei bem expressar minhas impressões da moça. Às vezes acho que ela diz coisas desconexas, sem embasamento de pesquisa ou de lógica mesmo. Aquela velha história de encarar moda, mesmo a parte mais subjetiva, de tendências, como um produto, mercado e que tem razão de ser. Tendências não são divagações de quem fala sobre o assunto. Elas têm um porquê de ser e isso me parece que não fica claro nas palavras da Palomino.

Falando da Key, fiquei impressionada. A revista é grande (tem padrões maiores do que as revistas normais) e é bem grande, até porque ela vai ter quatro edições por ano, imagino que sempre na mesma época dos eventos de moda e com a mesma intenção deles, antecipar as tais tendências. Na verdade, a proposta da ex-editora de moda da Folha de S.Paulo engloba conteúdo direto para estilistas e profissionais de toda a cadeia produtiva de moda, levando até eles informações sobre o que vai ser tendência (maldita palavra!). Key pretende funcionar como um filtro de informações de moda para que as pessoas possam entender como tudo ocorre.

Com muitas (sim, muitas mesmo) páginas de editorial, a revista traz um quê artístico para o que poderia ser uma revista de moda normal, com diversas seções e colunas. Nada na revista é fixo, mas tudo rodeia moda. Muitos ensaios, imagens de desfiles internacionais e entrevista dos "pensadores de Erika", como a própria me definiu. Caetano Veloso fala exclusivamente sobre moda em entrevista e outras pessoas, como a papisa Constanza Pascolatto, divagam sobre padrões estéticos e moda.

Chama atenção a parte dos "perfumes da moda", que ao invés de apresentar os frascos, traz fotos das flores que inspiram tais fragrâncias.
Enfim, a revista é mesmo uma novidade. Uma novidade sem eira e nem beira, que pode ser diferente em suas quatro edições do ano. Mas sinto falta de um chão, daquele embasamento prático que, como citei no início, também me parece faltar no discurso da Palomino - que é fofa, querida, simpática e CHEIA de idéias. É inegável.

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