2.04.2005

Chuvas

Adoro uma chuvinha. Tá é um saco que dependendo da intensidade, me deixa com as pernas inteiras molhadas. Mas eu gosto da garoa da terrada garoa. Pra mim, São Paulo é São Paulo quando tá nublado e garoando. Por mais feio que pareça, pra mim essa é a cidade em que eu moro e que eu escolhi para morar.

Por outro lado, me entristece muito pensar nas pessoas que sofrem comessas chuvas. As que não tem casa; as que têm e são levadas pelaságuas das chuvas; as que perdem tudo que têm: filhos, marido, mulher, família.

Nesse fim de semana, apesar de praticamente não ter chovido em São Paulo, o interior, minha terrinha, ficou alagado. Rio Claro, minha cidade querida, estava com vários pontos de alagamento. E olha só o que eu vejo pela Folha Online de segunda, dia 31/01:

"Chuva deixa desabrigados, destrói pontes e mata pelo menos nove em SP
da Folha Online

As fortes chuvas que atingiram o interior de São Paulo neste final desemana deixaram desabrigados, destruíram pontes e mataram pelo menos nove pessoas em todo o Estado.Na região de Rio Claro, duas pessoas morreram. Elaine Alves Sampaio, 19, e Albanete Alves Ribeiro, 46, estavam em uma ambulância que foi arrastada por uma enxurrada, em um anel viário da rodovia SP-310, em Corumbataí (a 202 km de São Paulo).

Em Ferraz, distrito do município de Rio Claro (a 175 km de São Paulo), um adulto e duas crianças, moradores da região próxima ao rio Corumbataí, ficaram ilhadas na tarde de sábado. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada mas não conseguir chegar ao local de barco. A família foi resgatada por um helicóptero Águia da Polícia Militar. A Comissão Municipal da Defesa Civil de Rio Claro desalojou preventivamente 86 pessoas.

Segundo a Polícia Rodoviária, quatro pontes ficaram destruídas pelachuva e outras três estão interditadas, todas localizadas em estradasvicinais."


É muito triste. Na verdade, isso tudo é conseqüência de ações do próprio homem, por mais clichê que isso pareça. As queimadas, o excesso de poluição, da natureza são essas chuvas fora de época (parecia março ou maio, mas não janeiro, com tanta água) que desabrigam, maltratam e judiam dosmais pobres, que no geral são os menos culpados por toda essa poluição e transtorno do meio ambiente. Uma pena. Tá na hora de as autoridades tomarem atitudes mais sérias quanto a isso. E tá na hora de nós pensarmos em poluir menos, reciclar mais, guardar aquele lixo prajogar no lixinho de casa ao invés de atirá-lo na calçada, coisas pequenas que podem surtir efeito - e realmente ajudam - são valiosas nesses momentos. Olha a ponte que caiu na estrada que vai pra Curitiba, olha a desgraça querolou em Santa Catarina com as vítimas daquele vendaval absurdo. Isso é responsabilidade nossa.

Tudo isso é muito triste. Mais triste ainda é pensar nessa porcaria de mundo que eu vou deixar pros meus - ou melhor, nossos - futuros filhos e netos...

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