Pessoas inspiradas
No último post, eu terminei dizendo que tinha achado o DVD do Nando Reis
inspirado.
Realmente, continuo achando.
E tantas outras pessoas são grandiosamente inspiradas, uma bênção de Deus. Tem pessoas que conseguem, em poucas palavras, sem rimas ou versos, sem dizerm em tom de declamação, algo lindo e poético. E isso simplesmente escapa, não é nada programado. Eu ouço tantas coisas lindas que eu tenho vontade de colocar aqui, mas quando chega na hora, acabou me esquecendo, se não anoto antes.
Enfim, voltando ao ponto de partida: pessoas inspiradas são dádivas de Deus. Espero um dia chegar lá. Eu acredito nisso, apesar de ter quase certeza que boa parte dessa inspiração não é exatamente adquirida ao longo da vida, mas um dom, com o qual as pessoas já nascem mas que ao longo da vida apenas descobrem como utilizá-lo bem.
Ainda não disse o que eu queria. Adoro e admiro muito pessoas inspiradas. Mas acho engraçado a maneira com que elas se expressam perante algumas coisas. Calma, eu explico. Às vezes, essas pessoas que transbordam poesia falam algumas coisas que parecem sem sentido no dia-a-dia. Mas que, quando paramos para pensar naquilo, é poesia, é lindo, mas um tanto abstrato para ser real. Lindo, mas estranho, sabe? Vou dar alguns exemplos que eu andei ouvindo nos últimos tempos.
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Sabe, quando eu tinha cinco anos, já sabia que queria sair da minha cidade e vir para São Paulo. Eu já sabia que eu queria mais", Adriana Calcanhoto, numa entrevista na TV Cultura.
Hummm... Com cinco anos alguém sabe de alguma coisa além de que quer brincar, comer ou dormir?
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Escolhi o Bar Opinião porque aqui eu tenho as características físicas e térmicas para que meu show funcione legal", Nando Reis, no DVD ao vivo Nando Reis e os Infernais.
Ai, características térmicas pra que o show funcione? God!
Eu entendi o que ambos quiseram dizer, até porque tem que viajar pra sacar, não é algo que deva ser interpretado ao pé da letra, obviamente. Mas eu acho isso engraçado. Tanto Nando Reis quanto Adriana Calcanhoto, ao meu ver, emanam poesia em todos os sentidos. E olha só como eles falam em entrevistas, tudo um tanto rebuscado (não no palavreado, mas no jeito de dizer mesmo, nesse jeito poético)...! Na verdade eu não acho isso ruim, de jeito nenhum, só uma peculiaridade interessante dessas pessoas inspiradas.
Merchandise de graça, mas como é bom, eu faço mesmo!
Sábado eu ganhei do Jonathas esse DVD aí em cima, do
Nando Reis e os Infernais.
Gravado em Porto Alegre, no
Bar Opinião, o DVD tem, em grande parte, músicas do próprio Nando que fizeram sucesso nos Titãs e também na voz da Cássia Eller, além de algumas inéditas e encontros inusitados, como com uma banda de Hare Krishna (músicos que tocam temas baseados nessa filosofia, não "acendedores de insenso, como definiu Nando no making-off do DVD) e até com o Ultramen. O show foi muito especial, cheio de energia e uma galera que curtia as músicas cantando todas. Mas pra mim, um dos momentos mais legais é quando ele começa a tocar aquela clássica do Wando (?) "
Você é luz, é raio, estrela e luaaaaar... Manhã de sol, meu iá iá, meu iô iô..." e depois imenda na animadérrima "
I woke up this mornig, baby / I had you on my mind /... / You know I need you / You know that I love you / This is my pledge of love to you", My Pledge of love. Muito massa. A mantra cantado com os Hare Hare também é bem legal, tem uma letra linda, traz um sossego, uma calmaria de verdade. Achei a idéia brilhante, essa mistura pode render bons frutos, como foi o caso do Nando. Depois acabei descobrindo que a letra dessa música foi feita pelo
Arnaldo Antunes, que eu também adoro e é um poeta de mão cheia.
Só poderia ter dado num DVD tão legal e
inspirado, acho que essa é a melhor palavra pra definir o som.
O namorado
"... Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro.Necessita de adivinhação, de pele,saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa,envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito,mas ser aquele a quem se quer proteger e, quando se chega ao lado dele, a gente treme,sua frio e quase desmaia pedindo proteção... Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria... Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraesou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escóciaou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário. Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor... Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parare de repente parecer que faz sentido."
Carlos Drummond de Andrade
Não sei o que dizer. Às vezes as palavras faltam. às vezes o que se sente é tanto que não dá pra dizer, não tem como colocar em palavras de maneira que o outro sinta isso como se gostaria. Faz um tempinho que eu estou olhando para essa tela, pra esse texto lindo do Drummond e continuo eu aqui... Sem saber o que dizer... Eu sou uma namorada convicta, como descreve o querido escritor. "Abobalhada", "chatinha", mais enlouquecida do que achava que poderia ser. O meu lado rebelde está todo
nele. Tudo que eu aprendi sobre "estravazar" vem
dele. Afinal, ser certinha o tempo inteiro é chato, monótuno, cansativo e, principalmente, não faz a vida valer a pena. E eu quero mais é que a minha valha e que continue cheia de amor pra tudo que eu amo. Sempre. Hoje, em especial para o
meu namorado.
Direto da SPFW
... "Nunca diga dessa agua nao beberas". Eu nao disse que num ia voltar aqui. Soh que me decepcionei um pouco na primeira vinda.
Mas fato eh que cah estou novamente, postando direto dos computadores da SPFW. Hoje estou com sorte. Por enquanto estah legal.
Prometo que quando tudo acabar escrevo aqui tudo que vi, que ouvi e o que achei de tudo.
Agora, vamos voltar pra passarela, baby!
Casal excêntrico
Ontem, estava eu andando calmamente no apagado e desconhecido Top Center, na Paulista, quando me chama atenção uma mulata, com cabelo armado, bonito. Em seguida viro o rosto e percebo que muitas pessoas olham para ela e seu companheiro tentando disfarçar. Olho novamente para o casal até que percebo quem são eles.
Ele, pele
levemente negra, vestido "à lá mano", mesmo não sendo um deles, a praia musical dele é definitivamente outra. Ele é um sambista-pagodeiro (confesso que mal vejo a diferença...). Tênis, boné, calça um pouco para baixo do joelho e jaqueta de tectel. Ah, e seus óculos de grau redondinhos.
Abraçado com ela, precisamente com a mão na bunda dela.
Ela, mulata. Gostosa, vamos ser francos. Cabelo armado, ao natural. Camista verde (linda) com alguns botões abertos, à ponto de dar para ver um tanto do seu colo, seus seios bastante fartos. Uma saia jeans
muito curta. Tanto que se tirasse um pouquinho de pano dali já poderia ser visto o comecinho da bunda dela, como eu já disse, "protegida" pela mão esquerda de seu companheiro, que a abraçava. Scarpin alto, bico fino.
Era um casal que definitivamente chamava atenção. Não só pelo fato de serem conhecidos do grande público, mas era uma combinação excêntrica. E excentricidades chamam atenção, são até supervalorizadas a ponto de inspirarem um ridículo preconceito (opa, pleonasmo!) alheio. Bobagem.
Mas eu gostei de ter visto esse casal excêntrico. Diferente. Bonito. Que eles sejam felizes. :-)
P.S.: Não vou cometer a indiscrição de dizer o nome dessas pessoas. Mas talvez pelas descrições vcs possam adivinhar...
São Paulo Fashion Week I
Semana de moda do Brasil, a principal da América do Sul. Linda. Glamurosa.
Mas o lugar mais antidemocrático que eu já vi na minha vida.
Por enquanto é só isso que eu posso dizer. Acho que eu preciso pensar um pouco mais e ir nos outros dias pra contar um pouco mais pra vocês. Por enquanto, é isso.
Eu vou!
Eu vou! Eu vou! Há tantos anos eu tento e agora posso dizer de boca cheia:
eu vou no São Paulo Fashion Week!
Sim, eu estou me achando
mesmo! hehehe Hoje eu posso! ;-)
O admoestado
De acordo com a coluna Ooops!, da Folha Online, hoje Clodovil Hernandes, apresentador da "A casa é sua", da RedeTV! foi demitido da emissora. Segundo seu assessor de imprensa, Clodovil recebeu um fax hoje, informando do seu desligamento da empresa. Seu último programa gravado vai ao ar na quarta-feira e Monique Evans é um dos nomes mais cotados para substituí-lo (???). Mas o que mais me chocou da notícia do Ooops não foram os primeiros parágrafos, que diziam o que eu resumi acima, mas isso:
"Em dezembro, ele [Clodovil] também foi admoestado por ter criticado o presidente da Band, Johnny Saad (emissora onde ele trabalhou e de onde também foi demitido por criticar um patrocinador de seu próprio programa). A partir desse dia, seu programa deixou de ser ao vivo na Rede TV por determinação da presidência."
Uma coluna de internet - o que pressupõe textos ágeis, práticos, mais objetivos e diretos que os próprios jornais - me põe no meio do texto que Clodoviu "foi ADMOESTADO". Repito, admoestado. Agora, duvido que 30% dos leitores saibam o que é isso. E os outros 70% que não sabem e não tiveram a curiosidade de procurar saber, só pensaram que não queriam ser admoestados de jeito nenhum!
Eu, me recolhendo à minha ignorância, digo que não sabia, até consultar meus colegas de trabalho E o dicionário e descobrir, assim, que essa palavra - feia - significa ser advertido ou repreendido por uma falta.
P.S.: Vi no Babado que o contrato do Clodovil acabaria só em outubro de 2005, obrigando a RedeTV! a pagar a pequena multa de um milhão de reais. A assessoria de mprensa da emissora não confirma. Mas se for, tenho que dizer que o cara é muito esperto. Já sabe que não pára em emissora nenhum, é sempre literalmente chutado pra fora, já que é assim, tem que pelo menos garantir um pé-de-meia, né? hahahaha Pé-de-meia é o meu! O dele é um baita 47 com meia das grossas... ui!
P.S.2: Carolzita, muito obrigada por me adiantar notícias como essa nessas chatas sextas-feiras cheias de trabalho do mês de janeiro!
Yoga
Yoga? Yôga? Apesar de concordar com a
digníssima Fernanda Lima em seu
blog, que disse que a prática em si tem relevância muito maior do que uma suposta "maneira correta" de se dizer o nome dessa que muitos definem como "uma cultura". Fato é que eu pretendo conhecer e saber melhor. Já ouvi falar muito sobre yoga nas revistas. Confesso que até agora não conheci ninguém que pratique. Mas o que eu ouvi foi muito positivo, que é um tipo de exercício que melhora a postura, a flexibilidade e ainda coloca a mente no mesmo ritmo do corpo, sua respiração passa a se orientar melhor com suas atividades, trazendo o equilíbrio.
“Yoga não é uma cultura antiga que foi queimada pelo tempo, é algo muito valioso para o presente, muito necessária nos dias de hoje para a construção do amanhã.” Swami Satyananda Saraswati
E é nessa que eu vou agora, meus caros. O mundo precisa de equilíbrio. Eu preciso de equilíbrio -e flexibilidade, confesso. Depois posto aqui as minhas impressões.
Adolescente?
Não me julgo muito adolescente. Sinceramente me sinto um pouco mais que isso, tenho mil responsabilidades, trabalho, estudo, corro pra lá e pra cá sozinha resolvendo minhas coisas e tudo isso me faz me sentir mais que adolescente.
Mas às vezes tenho uns pensamentos que não me deixam fugir dessa merda de rótulo.
Fetichismo absoluto
fetichismo [do francês
fétichisme]
S. m. 1. Adoração ou culto de fetiches, objetos animados ou inanimados, feitos pelo homem ou produzidos pela natureza, ao qual se atribuem poderes sobrenaturais e se prestam cultos. ...
3. Partidarismo faccioso (sedicioso)
4. Subserviência total.
Não julgo fetiche como algo essencialmente ruim. Trata-se da natureza humana a adoração de objetos, não no sentido religioso, de culto, mas de vontade de ter. Porém, o fetiche é sempre mascarado. As pessoas no geral não têm coragem de assumí-lo, não por sua conotação muitas vezes sexual, mas pelo medo da repressão, afinal, assumir querer algo às vezes muito distante ou até mesmo luxuoso soa à futilidade. Eu sou extremamente contrária a isso. Desejos são desejos (ainda bem...), não é necessário conotá-los como paláveis ou não, sérios ou não, fúteis ou não. Bobagem. Querer é muito bom; faz sonhar, querer mais e, quem sabe, realizar o tal fetiche.
Enfim, não vou negar, estou escrevendo tudo isso porque ontem algo me dispertou tal sentimento. Vamos lá:
Um corte de cabelo no
c.kamura, com Celso Kamura: R$ 200,00
Já no MG Hair, com Marco Antonio de Biaggi: R$250,00
Porém, no
Studio W, com Wanderley Nunes: R$ 250,00, agendado com a própria secretária do "artista".
Fetiches são caros? É, muitas vezes, parece que sim. Já dizia um antigo professor, "dinheiro não traz felicidade... Manda buscar!"
... E você, vai assumir seus fetiches?
Corta o quê?
HA-HA-HA
Duplo sentido. Me recuso a explicar. Mto bom. hahahahaha
Felicidade na cara, no corpo
Incrível como a aparente felicidade deixa as pessoas com mais vontade de se arrumar. Percebo isso nitidamente em algumas pessoas que me rodeiam. É um sintoma muito bom da real felicidade. Que assim seja pra muita gente em 2005.
Assistam
... ao filme "
Doze homens e outro segredo". É, para quem não sabe, a seqüência do "Onze homens e um segredo". Aliás, quem ainda - sim, é
ainda pq está perdendo tempo! - não viu o primeiro, recomendo que o faça antes de ir ao cinema assistir a continuação.
O filme é MUITO bom. Não só pela constelação que se tem no elenco (George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts, Matt Damon e afins), mas pela própria história, que é ótima. Os fatos se desenrolam de tal maneira que tudo se encaixa perfeitamente ao final. Muito bom mesmo, vale a pena.
... e também Kill Bill. Eu, por enquanto, só vi o primeiro. Confesso que não sou fã de filme essencialmente sengrentos e sangüinários. Mas esse foi realmente uma exceção. Apesar dos litros e litros de sangue, isso não estraga o filme. O que mais chama atenção é a sequência que, apesar de não seguir a linha do tempo, é muitíssimo bem articulada no decorrer dos breves 110 minutos. A direção é do grandioso Quentim Tarantino. Já falei o suficiente, certo? ;-)
Assistam!
